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Paixão Sobre Rodas

Paixão Sobre Rodas

EXPOSIÇÃO PAIXÃO SOBRE RODAS

A Exposição Paixão Sobre Rodas realizada pelo Veteran Car Club do Brasil RS, em parceria com o Shopping TOTAL engloba carros e motos de cinema e também apresenta a evolução do automóvel, em uma linha do tempo, dos anos 20 até os anos 70, como até hoje não foi mostrado em outras exposições. Estamos mostrando com essa exposição alguns carros e motos que de uma certa maneira ficaram famosos nas telas do cinema e apresentando, na linha do tempo, veículos que foram marcos da indústria do automóvel.

O automóvel de hoje é o resultado da evolução dessas máquinas fantásticas que nossos pais e avós usaram. Todos esses veículos, de uma forma ou de outra, sejam por terem feito parte dos bens das nossas famílias ou por termos visto nas telas do cinema, fazem parte das nossas memórias afetivas.

Estamos expondo 51 automóveis desde 1923 até 1978; 16 motos, incluindo 3 que apareceram em filmes como Rocky III, As Férias de Mr. Bean e Diários de Motocicleta. Ao todo são 14 filmes e seus respectivos carros que, de uma certa maneira, acabaram se tornando estrelas dos filmes, como o caso do DeLorean, da trilogia De Volta Para o Futuro.

Como temos no acervo dos sócios carros do início do século passado, caso do Ford Modelo T 1923, resolvemos também fazer uma homenagem aos filmes dos pioneiros astros do cinema mudo: Buster Keaton, Chaplin o Gordo e o Magro. Apresentamos também carros que apareceram na franquia de filmes do agente 007, alguns Hot Rods que fazem parte da homenagem que fizemos à cultura Hot Rod e ao filme American Graffiti (no Brasil, Loucuras de Verão) de George Lucas e ícones da indústria do automóvel como Cadillac, Jaguar E-TYpe, Ford Fairlane, entre tantos outros clássicos aqui expostos.

Curtam, fotografem, visitem, participem, espalhem para os seus conhecidos para que todos possam ver essa bela exposição que preparamos para vocês. Dessa forma estaremos cumprindo a nossa missão que é preservar, proteger e promover o antigomobilismo.

CARROS ICÔNICOS DO CINEMA

GORDO E O MAGRO E BUSTER KEATON (VÁRIOS FILMES)

Em uma exposição que apresenta carros e filmes, resolvemos começar do princípio. E nada melhor do que homenagear os pioneiros do cinema mudo: Buster Keaton, Charles Chaplin, Stan Laurel e Oliver Hardy, usaram e abusaram dos Ford Modelo T em seus filmes.

FORD MODELO T 1923

Um carro de mais de 100 anos! Henry Ford revolucionou a indústria automobilística com este veículo. Foram produzidas 15.007.003 unidades por 19 anos entre 1908 e 1927. Chegou a custar apenas US$ 260.00 em 1925. Conhecido no Brasil como “Ford Bigode”, foi escolhido o carro mais influente do século XX. Os mais de 100 anos de existência desse veículo comprovam a genialidade e inovação de Henry Ford que projetou um carro revolucionário para sua época.

FORD MODELO T TOURING 1926



Henry Ford revolucionou a indústria automobilística com este veículo. Foram produzidas 15.007.003 unidades por 19 anos entre 1908 e 1927. Chegou a custar apenas US$ 260.00 em 1925. Conhecido no Brasil como “ford bigode”, foi escolhido o carro mais influente do século XX. Durante a Primeira Guerra Mundial, o Modelo T foi empregado amplamente, até em condições adversas, sendo usado, inclusive, como ambulância. A produção do Modelo T foi mantida até 1927. Alguns meses depois de realizar uma cerimônia para apresentação do carro de nº 15 milhões, Henry Ford concluiu que era hora dele ceder o lugar a uma nova geração de produtos. O recorde de quase vinte anos de produção e mais de quinze milhões de unidades produzidas só foi superado em 1972, pelo VW Fusca.

A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM (1967)

ALFA ROMEO SPIDER



O clássico Alfa Romeo Duetto Spider (obra-prima do estúdio Pininfarina), ficou imortalizado no cinema no filme “The Graduate” (A Primeira Noite de Um Homem) de 1967. No filme o carro é dirigido por Dustin Hoffman (Benjamin Braddock). A Alfa lançou o carro em 1966 sendo utilizado, no ano seguinte, no filme A Primeira Noite de Um Homem. A cena de Dustin Hoffman dirigindo o carro ao som de som de Mrs. Robinson, canção de Simon & Garfunkel, é histórica.

BONNIE & CLYDE – UMA RAJADA DE BALA (1967) E ESTRADA SEM LEI (2019)

FORD 1934 V8



Clyde Barrow e Bonnie Parker foram dois dos criminosos mais notórios da América durante a Grande Depressão. Se envolveram no glamour da “Public Enemy Era”, caracterizada por famosos bandidos como John Dillinger, Ma Barker, “Machine Gun” Kelly, “Baby Face” Nelson, “Pretty Boy” Floyd, entre outros.

Era a conturbada época da depressão americana. Economia arruinada e bancos tomando as propriedades de quase todos. A América estava em ruinas! O carro, o Ford de 1934, em que Bonnie e Clyde morreram, hoje está no Whiskey Pete’s Resort and Casino, em Las Vegas, como atração turística. A história desse modelo da Ford começou em 1932, ano do lançamento do V8, que na época foi considerado um marco importante na história automotiva americana. O mais interessante é que tanto Clyde Barrow como John Dillinger (O Inimigo Público Nº 1) escreveram cartas à Henry Ford parabenizando pela rapidez e perfeição do carro.

FORD MODELO A ROADSTER 1929



O primeiro Modelo A, um protótipo, deixou a linha de montagem em outubro de 1927. A comercialização do novo carro começou em dezembro. Sucesso de vendas, moderno e acessível, o sucessor do Modelo T, era mais confortável, mais seguro e tinha um design melhor. O Modelo A é o sucessor do icônico Modelo T. Roadster é um termo popularizado nos EUA para um carro de dois lugares. Tem um banco adicional, na parte traseira que aqui foi chamado de banco da sogra.

FORD MODELO A 1930



O primeiro modelo A, um protótipo, deixou a linha de montagem em outubro de 1927. A comercialização do novo carro começou em dezembro. Sucesso de vendas, moderno e acessível, o sucessor do Modelo T, era mais confortável, mais seguro e tinha um design melhor.

CAMINHÃO CHEVROLET 1927



O Chevrolet Series AA Capitol (ou Chevrolet Capitol) é um veículo americano fabricado pela Chevrolet em 1927. Lançado no ano em que a Ford mudou do Modelo T para o Modelo A, a Chevrolet vendeu 1.001.820 carros da Série AA, e sob a direção do gerente geral William S. Knudsen, conseguiu ultrapassar o domínio da Ford no mercado internacional. Disponível em oito estilos de carroceria, muito semelhante à do Chevrolet Superior Series V de 1926 e à Superior Series K, de 1925.

SE MEU FUSCA FALASSE (1968)

VW FUSCA HERBIE



O eterno charme do VW Fusca com o seu “friendly design”. A indústria automobilística brasileira ainda estava engatinhando, mas o VW Fusca 1200 1962 já trazia algumas mudanças significativas como novo chassi, novas lentes, faróis e lanternas, além do famoso para-choque cabide. Em 1961 o carro trazia novidades: o câmbio definitivamente deixa de ser “caixa seca” e passa a ser 100% sincronizado. E foi a partir daí, no início da década de 1960, que o VW Fusca dominou as vendas no cenário nacional como o carro mais vendido no País, posição que permaneceu até a década de 1980. Genial e simples ao mesmo tempo, com o seu “friendly design”, é um dos carros mais amados no Brasil. O Herbie, quando do lançamento do filme, fez um sucesso tremendo sendo até hoje adorado por uma legião de fãs.

AS 24 HORAS DE LE MANS (1971)

PORSCHE 911/912



O Porsche 911 foi revelado ao público pela primeira vez em 12 de setembro de 1963, quando foi lançado no Frankfurt International Motor Show. Esse carro exposto é um 912, uma variante do 911 e foi produzido de 1965 a 1969. São praticamente idênticos. É um coupé compacto com carroceria 2+2 equipado com um motor flat-4 refrigerado a ar de 1.6. No filme, as 24horas de Le Mans, o ator Steve McQueen, chega a Le Mans, em uma cena inicial longa, dirigindo o seu Porsche 911.

LOUCURAS DE VERÃO/AMERICAN GRAFFITI (1973, UMA HOMENAGEM AO FILME):

VÁRIOS HOT RODS – FORD MODELO A E FORD MODELO T



Resolvemos fazer uma pequena homenagem a esse filme clássico com esses três Hot Rods que estão expostos. Dois são baseados no Ford Modelo A e um no Ford Modelo T 1926, equipado com um motor de 302 polegadas. O filme American Graffiti (1973), foi o primeiro longa de George Lucas, lançado pela Lucasfilm. Um sucesso de crítica e comercial – ganhando cinco indicações ao Oscar e faturando quase US$ 400 milhões nas bilheterias. O filme mistura drama adolescente, rock’n’roll (com bela trilha sonora) e corridas de hot rods.

A cultura Hot Rod é uma prática de modificação e customização de carros que vem desde os anos 20, nos EUA. As primeiras corridas surgiram nos anos 30 na Califórnia, na região nordeste de Los Angeles. Mas se popularizaram mesmo após o fim da Segunda Guerra Mundial quando os soldados retornaram para casa e começaram a comprar carros antigos e baratos e transformá-los com motores muito mais fortes, removendo partes e peças que, para eles, não eram essenciais para os veículos. As modificações mais típicas eram as remoções de capôs, para-choques e para-brisas. Além da alteração do motor, ajustando ou substituindo por um mais potente. As rodas e pneus, também são elementos primordiais para a customização. A origem do nome hot rod: o termo rod vem das bielas (connecting rods) e do alto poder de performance do motor (hot engine).

CONTRATO COM MARSELHA (1974)

ALFA ROMEO MONTREAL



Ma che bella macchina!

Reza a lenda que o governo italiano solicitou a Alfa Romeu que desenvolvesse um carro conceito para a “1967 World’s Fair”, realizada em Montreal, no Canadá. Nascia então o icônico Alfa Romeo Montreal. Apresentado em 1967 na feira de Montreal, o carro fez tanto sucesso que foi lançado comercialmente em 1970 no Salão de Genebra na Suíça sendo um dos poucos carros conceito dos anos 60 a entrar em produção em série. É um cupê esportivo conceitual, desenhando por Marcelo Gandini, da Casa Bertone que já tinha sido responsável pelo desenho do Lamborghini Miura (observem o design das portas e as seis entradas de ar laterais, logo após o vidro, idênticas ao do Lamborghini Miura). Possui motor V8 em alumínio alimentado por injeção “Spica” (Società Pompe Iniezione Cassani & Affini). Uma versão modificada desse motor do Alfa Montreal equipou os carros da Fórmula 1 da equipe Brabhan-Alfa. Ao todo, foram fabricadas cerca de 3.917 unidades entre 1970 e 1977. No Brasil existem apenas 5 unidades. Esse Alfa Montreal “arancione metallico” aqui exposto levou sete anos para ser restaurado e foi fabricado em 1972. No filme, Contrato com Marselha, o carro é pilotado por Michael Caine (John Deray).

ROCKY III – O DESAFIO SUPREMO (1982):

HARLEY DAVIDSON ELECTRA GLIDE 1970



Em Rocky III, o ator Silvester Stallone usa uma motocicleta Harley-Davidson FLH-80 (F = Motores Big Twin; L= Pneu dianteiro largo; H/T = Modelos Touring), 1981, Electra Glide, V-twin “Shovelhead”, com pintura em preto e amarelo personalizada para o filme. A Harley cedeu três motocicletas para a produção do filme. O modelo Electra Glide surge em 1966 e foram os primeiros com partida elétrica e com o motor “Shovelhead” (produzido pela Harley-Davidson de 1966 a 1984), sucessor do motor Panhead. A moto exposta é uma Electra Glide 1970, similar a do filme. Elvis Presley também tinha uma Electra Glide, só que 1971.

DE VOLTA PARA O FUTURO (1985, 1989 E 1990)

DELOREAN DMC-12 1981



“Para onde vamos não precisamos de estradas”, dizia ‘Doc’ Brown, interpretado pelo ator Christopher Lloyd para Marty McFly, interpretado pelo ator Michael J. Fox. Estava se referindo à adaptação feita em seu Delorean para fazer as viagens no tempo. O Delorean ficou imortalizado por sua participação na série de filmes De Volta para o Futuro. Foi lançado em 1981 e fez parte dos sonhos de uma geração que, nos anos 80, assistiu ao primeiro filme da trilogia, De Volta para o Futuro. Foi produzido entre 1981 e 1982 pela empresa DeLorean Motor Company (DMC). Possui as famosas portas asa de gaivota, painéis e capô de aço inoxidável, sem pintura, projetados por Giorgetto Giugiaro. Um clássico.

FORD CABRIOLET SUPER DELUXE 1946



Após a vitória da 2ª Guerra Mundial, os fabricantes americanos fizeram pequenas mudanças nos modelos da versão 1942. O mercado respondeu muito bem ao “novo” carro, o qual foi mantido também com pequenas alterações até 1948. Na linha Ford, o modelo Cabriolet (quase um conversível) era o top de linha, custando US$ 1.488,00. Foram produzidas em 1946 16.359 unidades. Um carro igual a esse participou dos filmes De Volta Para o Futuro. Era o carro do vilão Biff Tannen. O carro foi mantido pela Universal depois que Back to the Future Part II foi concluído e colocado em exibição em sua turnê, antes de ser vendido a um colecionador particular.

KOMBI CLIPPER



A eterna Kombi, um clássico modelo da VW que encantou a todos no mundo todo. A Clipper se caracteriza por ter um teto baixo. Foi produzida no Brasil entre o segundo semestre de 1975 e o primeiro semestre de 1997. Essa Kombi que faz parte da exposição é de 1993, modelo 1994. Possui bancos originais e tem pintura nova interna e externa na cor branco lotus e azul niagara. No filme De Volta para o Futuro, a Kombi dos terroristas é um modelo Type 2 da Volkswagen, conhecido como VW Bus, nos Estados Unidos. O carro aparece em uma cena de ação em que os terroristas tentam recuperar o plutônio roubado pelo Dr. Brown para alimentar o seu DeLorean.

DIÁRIOS DE MOTOCICLETA (2004)

NORTON ES2 1952



A Norton ES2 é uma motocicleta inglesa produzida de 1927 a 1964. Com 500 cm3 monocilíndrica, conhecida pelo filme “Diário de Motocicleta” como “La Poderosa”. Esta unidade foi adquirida pelo extinto museu da Ulbra e hoje pertence ao acervo de associados do clube Veteran Car Club Porto Alegre. No filme, era a moto em que Alberto Granado e Ernesto Guevara de la Serna, fizeram a sua viajem pela América Latina.

AS FÉRIAS DE MR. BEAN (2007)

VELOSOLEX



A VeloSolex é um ciclomotor ou bicicleta motorizada também conhecida como ‘Solex’, produzida pelo fabricante francês Solex, com sede em Paris, França. O ciclomotor foi criado durante a Segunda Guerra Mundial e produzido em massa entre 1946 e 1988, em várias versões, mantendo o mesmo conceito de motor. Tornou-se extremamente popular no pós-guerra, pois era leve, barato e econômico. A VeloSolex vendeu mais de 8 milhões de unidades em todo o mundo antes de cessar a produção na França em 1988. Atualmente a Solex produz, na França, somente os modelos elétricos. Esse modelo exposto é de 1968.

CARROS/CARS (2006) E ON THE ROAD/NA ESTRADA (2012)

HUDSON



A Hudson Motor Car Company, frequentemente chamada simplesmente de Hudson Motors, foi fundada em 1909. No primeiro ano, a Hudson Motors vendeu 4.000 veículos. Isso representou o maior número de vendas no primeiro ano de qualquer empresa de automóveis até aquele momento, e rapidamente rendeu à Hudson o respeito no mercado automobilístico americano. Em 1951, o carro recebeu o motor de 5.0 de 6 cilindros em linha com carburação dupla (Twin H-Power) que lhe rendia 160 c, tornando-o um carro competitivo. Isso levou os carros a serem utilizados em corridas, na NASCAR. Entre 1951 e 1954 o Hudson Hornet foi um campeão de corridas dominando a NASCAR. No filme Carros Doc. Hudson Hornet, representa o “Fabuloso” Hudson Hornet, cupê que se tornou um dos principais vencedores da Nascar nos anos 1950. Estável e muito veloz, no primeiro ano em que competiu na da NASCAR o Hornet acumulou 13 vitórias, chegando a 49 em 1952 e outras 46 em 1953. O carro aparece também no famoso romance On the Road, de Jack Kerouc que foi transformado em filme em 2012 pelo Diretor Walter Salles. No livro, e também no filme, o carro é um Hudson 49 que pertencia a Neal Cassady. O carro exposto é um Hudson Pacemaker 1951.

JOHN WICK: DE VOLTA AO JOGO (2014, 2017 E 2019)

FORD MUSTANG



O Ford Mustang completou 60 anos, esse ano. “Projetar um carro bonito é molezinha. Projetar um carro que a empresa possa bancar, que os operários possam montar e que os engenheiros possam construir é muito difícil.” Essa era a fala de Gale Halderman, designer que estava envolvido no projeto do Mustang. Poucos carros podem ser considerados ícones. O Mustang é um deles. Quando da ideia do projeto que veio a se chamar Mustang, a Ford trabalhava com 4 nomes – Cougar, Monaco, Monte Carlo e Torino. Monte Carlo já havia sido registrado pela GM e Monaco pela Chrysler. Como os dois nomes que sobraram não agradavam, John Conley que já havia sugerido os nomes Thunderbird e Falcon, dois carros clássicos da Ford, apareceu com uma lista de nome de animais, do qual Mustang, o cavalo selvagem, típico dos Estados Unidos, venceu. O lendário Lee Iacocca (1924 – 2019) foi um dos pais do Mustang. O carro exposto é um Mustang Mach 1, 1969, o do filme é um Boss 429,1969, desenvolvido para ser usado na NASCAR.

FRANQUIA 007

Aqui temos 3 filmes da franquia 007. Os filmes do famoso agente James Bond sempre utilizaram belos carros. Exemplos disso vemos no clássico Aston Martin DB5, Lotus Esprit, entre tantos outros. Trouxemos pra vocês 3 carros que fazem parte dos acervos dos sócios do Veteran Car Club do Brasil RS. São da fase em que o agente era interpretado pelos atores Roger Moore e Pierce Brosnan.

007 – MOONRAKER (1979)

MP LAFER



MP Lafer foi um automóvel da Lafer, lançado em 1974. Os modelos foram criação de Percival Lafer, dono de uma fábrica de móveis, que resolveu fazer réplicas do clássico inglês MG TD, mas com mecânica do VW Fusca, motor traseiro, Boxer de quatro cilindros, refrigerado a ar. Nos primeiros exemplares, produzidos em 1974, foi utilizado o motor VW 1500 cc, substituído pelo VW 1600 cc cerca de seis meses depois. Em 1976 já contabilizava 600 unidades vendidas. Em 1986, buscando recuperar a atratividade dos seus carros tornando-os verdadeiramente esportivos, a Lafer preparou um protótipo com motor dianteiro baseado nos antigos MG que foi apresentado no XIV Salão do Automóvel com o nome MP-TX. Em 1990, a produção foi interrompida. Em quase 17 anos, foram construídos cerca de 4.300 automóveis, mais de mil deles exportados para mais de três dezenas de países. Os moldes das carrocerias de fibra de vidro do MP foram enterrados no terreno da fábrica, em São Bernardo do Campo, onde jazem até hoje, sob as fundações de um grande supermercado.

007 – SOMENTE PARA SEUS OLHOS (1981)

CITROEN 2CV



Em 1935 a Maison Michelin assume a Citroën. Surge o projeto de criar um carro popular, principalmente para uso nas zonas rurais. Era o projeto TPV – Toute Petite Voiture que em virtude da guerra, só foi lançado em outubro de 1948. Nascia o Citroën 2CV que teve 5 milhões de unidades vendidas até julho de 1990. O 2CV tornou-se um símbolo da França, mas também apareceu em vários desenhos e filmes. Era o carro do pai da Mafalda, desenhada pelo cartunista argentino Quino. Apareceu também nas famosas Aventuras de Tintim, do Hergé e em vários filmes como na série “A Pantera Cor-de-Rosa”. O inspetor Clouseau, interpretado por Peter Sellers, possuía um Citroën 2CV modificado, apelidado de “Silver Hornet”. Apareceu também, em um dos filmes da franquia 007, Somente para seus olhos.

007 – GOLDENEYE (1995)

BMW Z3



Um roadster moderno produzido pela BMW, lançado em 1995/1996. Apareceu no filme de James Bond – GoldenEye (dirigido pelo ator Pierce Brosnan) resultado de um investimento pesado da BMW para alavancar as vendas tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido. Foi o primeiro modelo da BMW produzido nos Estados Unidos, na fábrica de Spartanburg. O veículo que aparece no filme encontra-se atualmente no Museu da BMW, em Munique. A carroceria do BMW Z3 foi projetada por Joji Nagashima: um roadster de capô longo, traseira curta, posição de direção mais recuada, quase no eixo traseiro. O design apresenta formas modernas e clássicas como as guelras laterais. É um clássico, atemporal e ficou imortalizado pelo filme da saga 007.

  A Evolução do Automóvel

ANOS 20 

FORD MODELO T ROADSTER 1926



Esse Ford Modelo T é um Roadster, termo popularizado nos EUA para um carro de apenas dois lugares tendo um banco “extra”, na parte de fora da cabine, popularmente chamado de “banco da sogra”. Como todos os carros da Ford, o Modelo T, era, em sua época, um veículo confiável, robusto, seguro, simples de dirigir e, principalmente, barato. Foram produzidas 15.007.003 unidades por 19 anos entre 1908 e 1927. O Modelo T inicialmente foi fabricado em uma série de cores de acordo com a preferência dos consumidores. Em 1915, para cortar custos, o T passou a ser produzido exclusivamente na cor preta, situação que perdurou até 1926. Desta época, ficou célebre uma expressão de Henry Ford: “o carro é disponível em qualquer cor, contanto que seja preto”. Foi escolhido o carro mais influente do século XX.

ANOS 30

FORD CABRIOLET 1937



Apesar da grande depressão e suas mazelas, a década de 30 foi a época de ouro do design automotivo e de avanços na mecânica – surgimento dos V8. Na segunda metade dos anos 30 surge a consciência de que a forma exercia influência no grau de dificuldade com que um objeto se deslocava no espaço. Tudo isso trouxe novos conceitos aerodinâmicos aos carros. Surgia o conceito do “Streamline Design”: o desenho aerodinâmico enfatizava formas curvas, longas linhas horizontais e valorizava a representação do movimento e da velocidade. Vem dai, também, o uso da forma de gota, plasmado nos faróis gota d’água, muito usado naquela época e presente neste carro. A Ford, com o seu carro de 1937, apresentava um visual mais arredondado, com finas barras horizontais. A grade frontal era em forma de V, assim como o logotipo do carro que aparecia nas rodas, volante e até no tampão de gasolina, fazendo referência ao motor 8 cilindros em V. Estávamos entrando em uma nova era. Os carros já não tinham mais a estética de uma carruagem com motor, que caracterizou os anos 20.

ANOS 40

FORD COUPÉ 1940



Um carro com um design fantástico tanto que ainda hoje é procurado por antigomobilistas para restauro ou para customizar como um hot rod. No Brasil e Argentina o coupé era o preferido para as corridas de carreteras, entre os carros da Ford. Possui um motor V8 de 221 polegadas cúbicas com 85 cavalos de potência.

 PACKARD SUPER CLIPPER 1942



O Packard Clipper foi um automóvel construído pela Packard Motor Car Company entre 1941 até 1947 e 1953 até 1957. O Super Clipper 1942 era um carro grande, de duas portas com uma traseira fastback. A produção da primeira geração do Packard Clipper foi suspensa em 1942 em virtude da 2ª Guerra Mundial, mas seria retomada em 1946. Em 1946 e 1947, todos os carros produzidos pela Packard eram Clippers e estavam disponíveis em uma variedade de estilos de carroceria e eram equipados com motor de seis ou oito cilindros.

FORD COUPÉ SUPER DELUXE 1948



Em 1948, uma geração de automóveis chegou ao fim, não apenas para a Ford, mas também para outras fabricantes. O Super Deluxe foi lançado em 1941 e tornou-se um dos carros mais emblemáticos da Ford, incorporando a visão de três gerações da família Ford: Edsel Ford, Henry II e Henry Ford. Henry II começou a trabalhar no projeto do carro revolucionário que salvaria a Ford da falência em 1949. O Ford Coupê Super Deluxe de 1948 marcou o fim de uma era de carros que ainda mantinham a identidade dos anos 30 e que, devido à Segunda Guerra Mundial, não haviam passado por grandes mudanças de design.

PLYMOUTH 1948



Era uma marca de automóveis produzida pela Chrysler Corporation e sua sucessora DaimlerChrysler. A marca foi lançada em 1928 para competir no que era então descrito como o segmento de mercado de “baixo preço” que era dominado pela Chevrolet e Ford. Foi uma das marcas de automóveis americanas mais vendidas quase ultrapassando a Ford em 1940 e 1941 como a segunda marca de automóveis mais popular nos EUA. Esse carro exposto possui a elegância e o charme dos automóveis produzido nos anos 40. O painel cheio de detalhes tem nítida inspiração no Art Deco. Na frente do carro podemos ver o Mayflower abrindo caminho pelos mares, de Southampton até chegar na América, onde foi fundada a Colônia de Plymouth.

ANOS 50 

Os anos 50 representam o que podemos chamar de início do carro moderno. Com os projetos pioneiros da Studebaker em 1947 e da Ford, em 1949, começamos a ver ali, no pós-guerra, a utilização do conceito do carro atual. Design integrado, mudanças de motores e um melhor aproveitamento do espaço interno.

BUICK EIGHT 1950



A Buick atualmente é uma divisão da fabricante de automóveis norte-americana GM. Surgiu, como tantas outras, como uma fabricante independente de automóveis, Buick Motor Company, em 1903, criada por David Dunbar Buick. Sempre se caracterizou como uma marca de automóveis de luxo, estilo, conforto e elegância. Esse Buick Eight possui uma grade frontal que é uma verdadeira obra de arte. Possui o sistema Dynaflow, uma transmissão automática usada nos carros Buick de 1947 até 1963. Existe uma música sobre o carro: My Buick, My Love And I, bem como um livro, Buick 8, do mestre do suspense Stephen King. Um clássico que possui design, luxo e conforto, bem característico dos anos 50, a época da prosperidade do pós-guerra.

CHEVROLET BEL AIR DE LUXE 1951



Esse carro é o representante da primeira geração dos Bel Air, o começo da grande trajetória do Bel Air, um dos modelos mais bonitos da Chevrolet. Carro clássico e icônico que faz parte de todo o sonho de consumo dos antigomobilistas.

STUDEBAKER 1951



Bullet nose! A Studebaker foi uma fabricante americana que atuou entre 1852 (com serviços para ferraria e fundição) até 1967. Após o final da 2ª guerra foi a primeira montadora a lançar um carro com linhas revolucionárias e inéditas (antes mesmo do revolucionário Ford 49). Assim, em 1947, surge um carro totalmente remodelado com design único no mercado. Com as revolucionárias linhas e os vidros traseiros curvos – inovação – dizia-se que o Studekaber ia e voltava ao mesmo tempo pois suas linhas davam sensação de movimento e velocidade. Em 1950 o projeto sofreu com algumas modificações surgindo o conhecido “bullet nose”, um ícone até hoje.

Sobre a criação do projeto existem dúvidas quanto a sua paternidade: Virgil Exner, Robert Bourke ou o Raymond Loewy? Ao que parece o projeto foi do não menos genial Exner que foi contratado pelo estúdio do famoso Raymond Loewy que desenhava de geladeiras a locomotivas e segundo consta, fazia a questão de assinar todos os trabalhos produzidos em seu Estúdio. De qualquer forma, o design do carro foi revolucionário.

RENAULT COLORALE PRAIRIE 1951



Carro de passeio e para todo o tipo de trabalho (também possuía versões furgão e picape), pode ser considerada precursora dos modernos SUVs. O nome – uma fusão das palavras “coloniale” e “rurale” está associado à intenção da Renault, que a projetou, para ser usada nas colônias francesas da África e Ásia. É equipada com o famoso “motor 85” flathead, gasolina, de 48 HP a 2.800 RPM, com 2.383 cc e válvulas laterais, e com câmbio de quatro velocidades localizado na coluna de direção. Alta e espaçosa, serviu por muito tempo como táxi em Lisboa. Está na família do atual proprietário desde 1954, quando foi comprada pelo seu pai.

CITROEN 11 NORMALE (TRACTION AVANT) 1953



Um dos mais belos automóveis europeus produzidos entre as décadas de 1930 e 1950 é também um dos produtos mais revolucionários da indústria automobilística mundial: o Citroën 11 Normale, Traction Avant. Projetado pelo engenheiro aeronáutico André Lefèbvre e pelo designer Flaminio Bertoni, o Traction Avant introduziu novidades adotadas por quase todos os fabricantes até os dias atuais, como a carroceria monobloco, a tração dianteira e – algo ainda hoje raro – uma suspensão com altura ajustável. Carro muito usado em filmes sobre a Segunda Guerra Mundial e até em histórias em quadrinhos como as do Tintim, do grande escritor e artista Hergé.

OLDSMOBILE 1955



Fundada por Ransom E. Olds, em 21 de agosto de 1897, a Olds existiu até 2004. De toda a sua trajetória, a Olds ficou conhecida, principalmente, pelo modelo 88 (Eighty-Eighty) e o motor Rocket. O Eighty-Eighty durou 50 anos, e foi o carro mais popular da marca de 1950 até 1974. O motor Rocket (foguete), tinha esse nome em referência ao pós-guerra e ao início da competição pela conquista da lua. Esse exemplar exposto foi o carro da capa do livro Paixão Sobre Rodas, do Veteran Car Club do Brasil RS.

CHEVROLET BEL AIR DE LUXE 1957



Temos aqui mais um representante desse modelo da Chevrolet. Diferente do 51, esse 57 faz parte do final da segunda geração do Bel Air. Apresenta uma evolução natural de design e não apenas um “facelift” do seu antecessor, o 51. Linhas mais retas e aerodinâmicas, apresenta também o início do uso das barbatanas nos automóveis. Estávamos um pouco mais distantes do final da 2ª Guerra Mundial e nos encaminhando para a conquista da lua. Tudo isso refletia nos designs dos automóveis.

FORD FAIRLANE 1958



O Ford Fairlane foi um carro fabricado pela Ford entre 1955 e 1971. O nome foi inspirado na elegante casa de Henry Ford, Fair Lane, que fica perto de Dearborn, Michigan. A linha Fairlane foi fabricada nos EUA entre 1955 e 1970, na Argentina entre os anos de 1968 a 1973 e na Austrália entre 1959 e 2007.Começou a ser produzido como um modelo de grande porte da Ford, substituindo o Crestline. O carro vinha com motores vigorosos e uma ampla gama de carrocerias. Um modelo que conquistou muitos admiradores ao redor do planeta. Luxo, conforto e exuberância marcam esse clássico automóvel.

 CHEVROLET IMPALA 1959



O estilo “asa de gaivota”: apesar do termo “rabo de peixe” esse carro é a confirmação de que a inspiração não veio do mar e sim do céu! A maioria das montadoras, no pós-guerra, se inspirava em aviões, jatos e foguetes. A era dos avanços tecnológicos, do boom econômico, da corrida espacial. A imaginação não tinha limites. A sua traseira também possui inspiração nos óculos de “gatinha” que ficaram famosos nos anos 50 e 60.

DODGE KINGSWAY SW 1953



Fundada em 1914 pelos irmãos John Francis e Horace Elgin Dodge, a Dodge Brothers foi adquirida pela Chrysler Corporation em 1928. Decidida a ampliar sua participação no mercado mundial, a Chrysler optou por aproveitar esse prestígio para criar um modelo que fosse sucesso entre os consumidores. Foi assim que nasceu o Dodge Kingsway. Esse Kingsway é um station wagon (SW) de 1953, já fabricado sob a influência da chegada (em 1949 na Chrysler), do famoso designer de carros Virgil Exner, que favoreceu a adoção de um estilo mais ousado para o Dodge Kingsway. O projeto era de um carro confiável e espaçoso, com um teto alto, capaz de acomodar passageiros usando chapéus. Utilitário ao pé da letra, o Kingsway obteve sucesso no mundo todo deixando de ser produzido em 1959.

DKW PERUA UNIVERSAL 1959



No dia 19 de novembro de 1956, era lançado aquele que é considerado oficialmente o primeiro automóvel fabricado no Brasil: a caminhonete DKW Universal – posteriormente rebatizada de Vemaguet quando foi produzida pela Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S/A), sob licença da Auto Union da Alemanha. Esse lançamento foi consequência do projeto do então presidente Juscelino Kubitscheck que criou, em 1956, o GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automotiva), que priorizava a produção de automóveis com a concessão de incentivos fiscais.

DÉCADA DE 60

CADILLAC FLEETWOOD 1961



3, 2, 1… lançar foguete! A maioria das montadoras, no pós-guerra, se inspirava em aviões, jatos e foguetes. Era a era dos avanços tecnológicos, do boom econômico, da corrida espacial. A imaginação não tinha limites. A marca foi fundada 1902 por Henry M. Leland e nomeada em homenagem ao explorador francês Antoine de la Mothe Cadillac, que fundou a cidade de Detroit, onde a Cadillac foi estabelecida. Desde o início, a Cadillac se destacou como uma marca de luxo, potência e conforto oferecendo veículos de alta qualidade e desempenho excepcional. Carro de astros e estrelas, é um clássico.

FORD F-100 1962



A Ford começou a fabricar a pick up F100 em 1957. Tinha motor V8 de 4,5 l e 167 HP, com transmissão manual de 3 marchas. O modelo de 1962 foi o primeiro com capô do motor cobrindo os guarda-lamas e grade dianteira com 4 faróis. Mais tarde a Ford lançou 2 modelos derivados da 62, a Passeio e a Rancheiro. Esta picape foi adquirida em março de 1963 e está com a família desde zero km. Foi usada nos trabalhos diários da fazenda, no interior, e também para o lazer da família em passeios e viagens.

WILLYS INTERLAGOS 1962



Willys Interlagos foi o primeiro automóvel esportivo produzido no Brasil. Apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 1961, era a versão brasileira do Renault Alpine A-108. Aqui foi batizado de Interlagos, nome sugerido pelo Jornalista Mauro Salles. Com lindas linhas fluidas, criadas pelo carroziere italiano, Giovanni Michelotti, era vendido no Brasil em três modelos: conversível, coupé ou berlineta. Possui carroceria em plástico e fibra de vidro, motor traseiro e suspensão independente. Os modelos ainda traziam as charmosas bolhas nos faróis, muito comuns nos anos 60. Fez sucesso nas pistas de corrida na Equipe Willys com Bird Clemente, Luiz Pereira Bueno e Wilson Fittipaldi conquistando, entre outras corridas, as 500 Milhas de Porto Alegre, 500 Quilômetros de Interlagos e 200 Milhas de Montevidéu. Esse modelo foi totalmente restaurado pelo irmão do atual proprietário que o possui há 46 anos.

CHEVROLET IMPALA SS 1964



Carro que representa o espirito da década de 60, em que a indústria automotiva americana, em especial a General Motors, oferecia ao mercado consumidor, veículos de porte avantajado, com muitos cromados, alguns requintes no acabamento interno e motorização com altas potências, típicas de uma época, em que o combustível era barato. Este carro tem um motor V8, com 283 polegadas cúbicas, equipado de fábrica com direção hidráulica, ar condicionado e caixa automática.

DKW-VEMAG FISSORE 1965



O DKW-Vemag Fissore foi um automóvel brasileiro produzido pela Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A., sob licença da alemã DKW) entre 1964 e 1967, utilizando chassis e mecânica DKW e carroceria idealizada pela Carrocerias Fissore, da Itália. Representou uma tentativa da Vemag de entrar no mercado dos automóveis mais sofisticados. Foram produzidas 2.638 unidades. Em seu lançamento, em junho de 1964, era considerado pela imprensa especializada como um automóvel enxuto, prático, de linhas sóbrias e elegantes e que oferecia uma ampla visibilidade ao motorista e seu passageiro. O Fissore custava na época de seu lançamento Cr$ 6.950.000, cerca de 25% mais caro que um DKW Belcar.

SHELBY COBRA 1965



A história do Shelby Cobra começa com Carroll Shelby, um ex-piloto de corrida, que teve a visão de criar um carro que combinasse a sofisticação europeia com o poder da engenharia americana. A ideia de Carroll Shelby se tornou realidade quando ele soube que a AC Cars na Grã-Bretanha perdeu o fornecedor de motores para seu carro esportivo. Shelby contatou a AC Cars e contou a eles sua ideia. Eles ficaram entusiasmados e disseram a ele para entrar em contato novamente quando tivesse um fabricante de motores alinhado. Shelby propôs seu carro esportivo à Ford Motor Company, que gostou da ideia de oferecer um carro esportivo que competisse com o Chevrolet Corvette.

FIAT 850 SPIDER 1968



Os anos sessenta deixaram traços indeléveis, trazendo uma onda de imaginação e inovação na moda, música e hábitos dos italianos. O fervor daquela época foi percebido pelos fabricantes de automóveis que, naqueles anos, ao lado de construtores e designers italianos de carrocerias, comercializavam modelos inovadores e particularmente atraentes. Um dos carros que se destacaram naquela década foi certamente o simpático Fiat “850 Spider”, criado em colaboração com a “Carrozzeria Bertone”. Spider indica um carro conversível de 2 lugares com caráter esportivo. Foi produzido pela FIAT entre 1964 e 1973. Foi o designer Giorgetto Giugiaro que criou as linhas limpas e simples do Fiat 850 Spider. Em 18 de dezembro de 1999 foi selecionado pelo “Car Designer of the Century” e introduzido no Automotive Hall of Fame em 2002.

CADILLAC DEVILLE 1968



O Cadillac DeVille é um automóvel de porte grande fabricado pela Cadillac, grupo General Motors. O nome DeVille foi usado em vários modelos de luxo da Cadillac. Esse veículo é uma raridade tendo recebido vários prêmios, possuindo placa comemorativa do Governo Federal fixada no painel por ter sido usado no desfile da posse do Vice-Presidente Temer e sua esposa Marcela.

JAGUAR E-TYPE 1969



O Jaguar E-Type (no Reino Unido) ou XK-E (no EUA) é um automóvel fabricado pela Jaguar britânica entre 1961 e 1974. Sua combinação de boa aparência, alto desempenho e preços competitivos estabeleceu a marca como um ícone do automobilismo em 1960. Foi um grande sucesso para a Jaguar, mais de 70.000 E-Types foram vendidos durante sua vida útil. Tido como um dos grandes símbolos dos anos 60, o E-Type já foi o veículo preferido de grandes personalidades como George Best, Brigitte Bardot, Tony Curtis e Steve McQueen. Em março de 2008, o Jaguar E-Type foi classificado em primeiro lugar no Daily Telegraph na lista dos “100 mais belos carros de todos os tempos”. Foi o terceiro automóvel a entrar na coleção de design do MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque).

VOLKSWAGEN KARMANN GHIA 1969



Nasceu da união do fabricante de carrocerias alemão Wilhelm Karmann com o italiano Luigi Segre, designer do estúdio Ghia. Um dos primeiros automóveis esportivos brasileiros, unia a confiança e robustez da Volkswagen e o belo design Italiano. Foi fabricado entre 1962 e 1972, na planta da montadora em São Bernardo do Campo, em São Paulo. De lá saíram 23 mil unidades produzidas – dessas, curiosamente, apenas 177 conversíveis. O aspecto esportivo era realçado por suas proporções e pelo perfil aerodinâmico baixo, mas esbelto (tinha 1,33 metros de altura e 4,14 metros de comprimento, com peso de 820 quilos). Este exemplar de 1969 vinha equipado com motor 1500 VW (potência máxima de 52cv). O Karmann Ghia se tornou um exemplar clássico e atemporal, admirado mundialmente.

ANOS 70

CHEVROLET CORVETTE STINGRAY1975



O Corvette é um clássico esportivo norte americano. A GM quando da criação do Corvette estava de olho no mercado de carros esportivos europeu. O sucesso foi tão grande nos anos 60 que a GM, como jogada de marketing, começou a distribuir Corvettes entre os astronautas que iam à lua. Naquela época, deram de presente aos astronautas da Apollo 12, três Corvettes que acabaram sendo apelidados de Astrovettes. Esse Corvette da exposição, um StingRay (arraia) 1975, pertence à terceira geração chamada de C3, que durou entre 1968 até 1982.

FORD MAVERICK 1975



Um dos carros mais bonitos já fabricados. Visual esportivo, linhas fluidas e atraentes. No entanto, teve vida curta. Lançado nos EUA no dia 17 de abril de 1969, por US$ 1.995. Em 20 de junho de 1973 o carro era lançado no mercado brasileiro. Foi fabricado nos Estados Unidos, Canadá, México, Venezuela e Brasil. Foi lançado com versões de motores de 4, 6 e 8 cilindros. Vale ressaltar que o desenhista desse carro foi Tom Tjaarda, “pai” de outros ícones automotivos. Esse da exposição é o famoso Maverick V8.

DODGE CHARGER RT 1975



Um campeão!

O Charger RT unia velocidade, potência, beleza e requinte, um ícone dos anos 70. Batizado de R/T, que significa Road/Track, essa versão esportiva estava sendo lançada para dominar as estradas e as pistas de competições. A sigla em inglês queria dizer que lá nos EUA o carro era bom de estrada e se dava bem nos ovais da Nascar. Aqui no Brasil, esses R/T pouco participaram de competições, mas o R/T sempre foi um carro muito prazeroso de dirigir.

CARRETERAS

Até o final dos anos 30 do século passado, os veículos de competição eram na sua maioria de carrocerias abertas, protótipos ou conversíveis, talvez por alívio de peso e sem se preocupar com segurança ou aerodinâmica. Em 1937, tivemos uma grande mudança nas corridas quando começaram a participar os veículos fechados. Foram chamadas de carreteras. Por serem fechados, esses veículos possuíam uma melhor segurança e aerodinâmica. O termo “carreteras” significa estradas na língua espanhola, e ficou diretamente ligado as corridas feitas tanto no Brasil como na Argentina.

CARRETERA CHEVROLET 1936 – A ESCANDALOSA



A Escandalosa é a Chevrolet 1936 do Piloto Carlos Eugênio Leonardo, o Ratão. a última carretera a correr em pista de velocidade. Com esse carro Carlos Eugênio Leonardo, o Ratão, foi 5 vezes campeão gaúcho da Copa Classic. O piloto também ganhou o troféu Breno Fornari, que passou a ser entregue a cada ano a todo campeão e vice das categorias mantidas pela Federação Gaúcha de Automobilismo.

CARRETERA CHEVROLET 1939



Essa carretera Chevrolet 1939 possui um motor V8 feito nos anos 60. É utilizada pelo proprietário para participação em eventos e também em corridas.

MOTOCICLETAS

YAMAHA XS 650 1971



O projeto do motor da Yamaha XS 650 era bem avançado para sua época, foi a primeira motocicleta grande e com motor quatro tempos feita pela Yamaha e, apesar do conjunto mecânico, bastante robusto, muitos dos componentes utilizados no início eram provenientes de modelos anteriores, o quadro tubular era um deles. Apresentada pela primeira vez no Salão de Tóquio de 1969, sua saga começou mais de uma década antes, quando um pequeno fabricante japonês chamado Hosk copiou o motor bicilíndrico de quatro tempos da já renomada motocicleta alemã Horex, de 500 cilindradas, e o aperfeiçoou, aumentando para 650 cilindradas.

HONDA CG 125 ML 1982



Falar de moto urbana, simples e econômica faz pensar em Honda CG 125. A Honda foi a primeira moto fabricada no Brasil e teve uma trajetória de sucesso, evoluindo ao longo de nove gerações. A moto ML 125 foi lançada em 1978 e era basicamente uma CG, mas com um acabamento mais luxuoso e freio a disco dianteiro, para atender a um público mais exigente. O motor permanecia o veterano OHV, de comando de válvulas no bloco, 11 cv de potência a 9.000 rpm e 0,94 m.kgf de torque a 7.500 rpm, assim como o quadro (do tipo diamante, com motor estrutural) e as suspensões. Alguns marcos históricos e curiosidades da Honda CG/ML incluem: 01. a primeira CG era pequena, de linhas suaves e simples; 02. Pelé foi o garoto propaganda da primeira CG; 03. a CG Cargo, versão profissional do modelo, surgiu em 1988.

YAMAHA RD350LC 1988



Refrigerada à água, foi a substituta da famosa RD350 da década de 1970, apelidada de “Viúva Negra”, por causar frequentes acidentes fatais. A família RD descende das motos de competição da Yamaha, campeãs mundiais nos anos 60 e 70. RD = “Race Developed” (Desenvolvida para corrida). Foi produzida na Zona Franca de Manaus entre 1986 e 1993 e exportada para vários países. A RD350LC inovou com quadro deltabox, que combina excelente resistência e leveza. Outras inovações do modelo foram suspensão dianteira com amortecimento variável e traseira tipo monochoque. Marca registrada da Yamaha, a válvula YPVS controlada por microprocessador, proporciona torque em baixas rotações e grande potência quando é acionada, acima dos 6 mil RPM, ocasionalmente empinando a roda dianteira sem intenção. Foi uma das primeiras motos a vir equipada com pneus sem câmara. Contando com potência de 63HP a 9 mil RPM e apenas 140kg, acelera de 0 a 100km/h em 5 segundos, atingindo a velocidade máxima perto dos 200km/h. Apesar de contar com dois discos de freio na dianteira e um na traseira é uma motocicleta difícil de ser controlada em virtude do motor agressivo, pouco peso e pneus estreitos. Pilotos ousados, na época, enfrentavam, com sucesso, outras motos de maior cilindrada.

LAMBRETTA LD 1958



A Lambretta, assim como a Vespa, também é fruto da necessidade de outra grande corporação italiana, a Innocenti, de encontrar um produto que suprisse as necessidades de locomoção da população, que fosse barato e econômico. Era a tônica da Europa no pós-guerra. A essência dessa indústria era o ramo siderúrgico, produzindo aços em forma de tubos. Provavelmente isso tenha influenciado no projeto da Lambretta tendo em vista seu chassi moldado a partir de tubos metálicos. O nome Lambretta é uma corruptela de Lambrate, a região onde a empresa possuía suas principais operações, em Milão. A Lambretta LD é o segundo modelo produzido, sendo precedida pelo modelo D, chamado de Standard. Como a Vespa, também foi um grande sucesso de vendas em todo o mundo.

LAMBRETTA LI 1961



A partir de 1960 foi lançado o modelo LI (correspondente ao modelo “Série 2”, lançado pela Innocenti, na Itália, em outubro de 1959). O modelo apresentava significativas mudanças em relação ao modelo anterior: substituição do eixo cardan por corrente, câmbio de 4 marchas, pneus aro 10″ ao invés de 8”, além de outras modificações, inclusive na versão Lambrecar. Esteticamente, as alterações mais visíveis foram a mudança do farol fixo para o guidão, desenho do para-lamas dianteiro e perfil mais fluido, deixando de apresentar o “degrau” entre o assento do carona e o estepe.

YAMAHA AS3 1972



Lançada em 1972 e, no ano seguinte, chamada de RD125. A história remonta, na verdade, a um motor bi cilíndrico de dois tempos de 100 cm3, o YL1 lançado em 1966, seguido em 1968 pelo YAS1 e depois pelo YAS2 (esses cilindros ainda eram feitos de ferro fundido). A AS3 já apresentava cilindros de alumínio, quadro inspirado em motos de competição e uma modificação nos cilindros para obter flexibilidade aceitável em baixas rotações. Eram máquinas são delicadas de pilotar.

HONDA CB 500 FOUR 1974



A Honda CB 500 Four foi lançada em 1971, menos de três anos depois da CB 750 Four, a mãe de todas as superbikes, então já consolidada como um estrondoso sucesso de dimensões mundiais.

O acerto da fórmula – fazer uma superbike mais “light” –, foi confirmado nas pistas já que a CB 500 Four virou a queridinha dos preparadores, dominadora das competições para motos derivadas de modelos de série. O motor, com componentes superdimensionados, admitia preparações na qual a busca pela cavalaria alcançava níveis extremos, mas sem afetar a confiabilidade. Dizem os fãs do modelo que a “voz” do motor da Honda CB 500 Four com o escape 4×1 é ainda mais agressiva do que a do motor da CB 750 Four. Tal afirmação tem fundamento, considerando que a rotação máxima da CB 500 Four ultrapassa as 9 mil rpm enquanto o motor 750cc tem sua faixa vermelha aos 8 mil rpm.

TENERE 600 1988



A Yamaha XT 500 era considerada por muitos a pioneira das big trail por ter ficado consagrada ao conquistar os dois primeiros lugares no rali Dakar inaugural, de 1979, e as quatro primeiras posições em 1980, no mesmo rali. A década começava com uma nova fase para a Yamaha, arrebatando uma legião de fãs que praticava esportes off-road ou simplesmente se identificava com o estilo aventureiro e admirava os pilotos que enfrentavam o grandioso deserto africano. Evolução normal, surge então a Yamaha 600 com um novo pacote de evoluções técnicas e com uma estética igual às motos que participavam do rali Dakar. Todas vinham com o impressionante tanque de 30 e foram batizadas de XT 600Z Ténéré (nome da região Sul do Sahara). A fantástica Ténéré foi lançada no Brasil em 1988, ficando famosa pelo seu apelido de (trator). Foi capa da revista Duas Rodas de março de 1988 que destacava: “Bonita, rápida, forte”.

MZ SIMSON RST 250 1986



No início dos anos 1980 o mercado brasileiro estava fechado a importações e se resumia praticamente aos modelos de Honda e Yamaha. Isso atraiu empresários locais interessados em nacionalizar modelos europeus para ampliar as opções à venda no país. A empresa responsável pelo projeto foi e Fábrica Brasileira de Motos (FBM), que existia em Porto Alegre (RS) desde a década de 1970. Como tantas outras metalúrgicas, ingressou no negócio de motocicletas nacionalizando tecnologia estrangeira após a proibição das importações. O modelo escolhido pela porto-alegrense FBM para nacionalização foi a ETZ 250, rebatizada como MZ 250 RS. Ingressaria em um espaço vago no mercado, pois a Yamaha RX 180 estava saindo de linha e na faixa de cilindrada entre as 125cc e a Honda CB 400 haveria apenas modelos trail: Yamaha DT 180, Agrale SXT 27.5 e Honda XL 250R

AGRALE XT 50 1988



A Agrale foi fundada como Agrisa – Indústria Gaúcha de Implementos Agrícolas S.A., no município de Sapucaia do Sul, em 14 de dezembro de 1962, inicialmente montava pequenos tratores e cultivadores mecânicos, sob licença da marca alemã Bungartz.

No entanto, a Agrisa não conseguiu se firmar economicamente e entrou em processo de falência. Em outubro de 1965, o empresário industrial Francisco Stédile adquiriu seu controle acionário e transferiu a produção para Caxias do Sul, alterando o nome para Agrale Tratores e Motores S.A. A Agrale assinou parceria em 1984 com a Cagiva, uma fabricante italiana de motos. Produziu motocicletas entre 1984 e 1997 na planta de Manaus, fabricando modelos icônicos de baixa e medias cilindradas tendo destaque no Off-Road como Elefantre 30.0 e sua linha menor para cidade a XT 50.

YAMAHA RX 125 – 1981 e 1983



Monocilíndrica, 2 tempos, refrigerado à ar. Possui Torque Induction, 123 cm³. Foi o modelo básico e intermediário de toda linha RX da Yamaha produzida entre 1979 e 1985. Seu motor foi também utilizado na Yamaha TT 125 e sua parte inferior serviu tanto à Yamaha RX 80 como para Yamaha RX 180 Custom e Avant. Foi a sucessora da Yamaha RS 125, produzida no Brasil entre 1977 e 1978. Projetada para passeio e uso urbano, pode realizar viagens sem grandes dificuldades. O motor dois tempos torna a RX 125 uma motocicleta ágil, de aceleração rápida, cujo consumo depende muito da maneira como a motocicleta é dirigida.

HONDA 750 FOUR 1975



A máquina que mudou o mundo. O lançamento da Honda CB 750 Four em 1968 fez uma revolução no universo das motocicletas: foi a pá de cal para as inglesas e estabeleceu novos parâmetros de projeto e tecnologia! A Honda CB 750 Four chegou ao Brasil em setembro de 1969, em sua primeira versão de série, que depois ficou conhecida como K0 (K-zero), produzida até outubro de 1970. A CB 750 Four K0 foi eleita a “motocicleta do século” por um júri conceituado. Aqui no Brasil ganhou um curioso apelido, que vem da linguagem utilizada no jogo do bicho. Nos EUA a motocicleta era chamada de Seven-Fifty (sete-cinquenta). Quando desembarcou no Brasil o número 7 permaneceu, e o número 50 foi substituído pelo galo, que tem essa numeração no jogo de azar, conhecido como jogo do bicho. Ficou conhecida então como 7Galo.
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