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Mais de 100 anos de história: TOTAL prorroga exposição Memória Sobre Rodas, com carros, motos e motonetas icônicos até 16 de julho

Como parte das ações dos seus 20 anos, completados em maio, o TOTAL, por meio do Centro Cultural TOTAL, recebeu de 1º a 9 de julho a exposição Memória Sobre Rodas, que reuniu 21 carros e nove motos e motonetas, veículos icônicos não só no mundo automobilístico, mas para a história da sociedade por refletirem as mudanças de seu tempo. Com o sucesso, a exposição foi prorrogada até 16 de julho, com a entrada de três novos modelos (Ford 100 ano 1962, Ford Corcel GT XP 1972 e um Citroen 2CV, 1970) – outros 4 saíram para ceder espaço aos “novos”. O diferente aqui é que as relíquias estão expostas dentro do shopping, no mall, pertinho das lojas e das pessoas, no primeiro e no segundo pisos.

Destacam-se na exposição um Ford Modelo T 1923, um “Ford Bigode”, um carro de cem anos, escolhido como o mais influente do século 20 na competição Car of the Century de 1999, modelos semelhantes aos que figuraram nos filmes De Volta Para o Futuro, um Ford Cabriolet Super Deluxe 1946, até um Fusca 1962, entre outros: se fossem contados em anos, seriam séculos de história.

A curadoria é do Veteran Car Club do Brasil RS, que tem sede no próprio Shopping TOTAL, uma associação civil com 44 anos de existência filiada à FBVA (Federação Brasileira de Veículos Antigos) e à FIVA (Federação Internacional de Veículos Antigos), cujo objetivo é preservar, proteger e promover o antigomobilismo. Os carros vão desde a década de 1920 até 1970, dispostos em “ilhas”, sendo que cada uma tem  ao lado um totem com um QR-Code que remete à história de cada veículo. “Temos um recorte da história da sociedade. O automóvel é um patrimônio cultural da humanidade e evoluiu com a gente, é uma viagem no tempo”, avalia Eduardo Scaravaglione, presidente do Veteran, cujos carros são expostos no Largo Cultural do TOTAL tradicionalmente no terceiro domingo de cada mês no TOTAL Fest– o próximo encontro será no domingo, 16/7,  (se não chover), que contará com apresentação da Banda a Saudade que Ficou, ilustrações de carros feitas na hora pelo artista Fernando Souza, o “Solitary Driver” e feira da Associação Gaúcha de Cutelaria (AGC).

Memória Sobre Rodas

A exposição é gratuita, e pode ser vista das 10h às 22h até 16 de julho.

  

Confira os modelos de carros

FORD MODELO T 1923

Um carro de 100 anos! Henry Ford revolucionou a indústria automobilística com este veículo. Foram produzidas 15.007.003 unidades por 19 anos entre 1908 e 1927. Chegou a custar apenas US$ 260.00 em 1925. Conhecido no Brasil como “Ford Bigode”, foi escolhido o carro mais influente do século XX. Os 100 anos de existência desse veículo comprovam a genialidade e inovação de Henry Ford que projetou um carro revolucionário para sua época.

 

FORD MODELO T TOURING 1926

Henry Ford revolucionou a indústria automobilística com este veículo. Foram produzidas 15.007.003 unidades por 19 anos entre 1908 e 1927. Chegou a custar apenas US$ 260.00 em 1925. Conhecido no Brasil como “ford bigode”, foi escolhido o carro mais influente do século XX. Durante a Primeira Guerra Mundial, o Modelo T foi empregado amplamente, até em condições adversas, sendo usado, inclusive, como ambulância. A produção do Modelo T foi mantida até 1927. Alguns meses depois de realizar uma cerimônia para apresentação do carro de nº 15 milhões, Henry Ford concluiu que era hora dele ceder o lugar a uma nova geração de produtos. O recorde de quase vinte anos de produção e mais de quinze milhões de unidades produzidas só foi superado em 1972, pelo VW Fusca.

 

FORD MODELO T ROADSTER 1926

Esse Ford Modelo T é um Roadster, termo popularizado nos EUA para um carro de apenas dois lugares tendo um banco “extra”, na parte de fora da cabine, popularmente chamado de “banco da sogra”. Como todos os carros da Ford, o Modelo T, era, em sua época, um veículo confiável, robusto, seguro, simples de dirigir e, principalmente, barato. Foram produzidas 15.007.003 unidades por 19 anos entre 1908 e 1927. O Modelo T inicialmente foi fabricado em uma série de cores de acordo com a preferência dos consumidores. Em 1915, para cortar custos, o T passou a ser produzido exclusivamente na cor preta, situação que perdurou até 1926. Desta época, ficou célebre uma expressão de Henry Ford: “o carro é disponível em qualquer cor, contanto que seja preto”. Foi escolhido o carro mais influente do século XX.

 

FORD MODELO A ROADSTER 1929

O primeiro Modelo A, um protótipo, deixou a linha de montagem em outubro de 1927. A comercialização do novo carro começou em dezembro. Sucesso de vendas, moderno e acessível, o sucessor do Modelo T, era mais confortável, mais seguro e tinha um design melhor. O Modelo A é o sucessor do icônico Modelo T. Roadster, um termo popularizado nos EUA para um carro de dois lugares.

 

FORD CABRIOLET 1937

Apesar da grande depressão e suas mazelas, a década de 30 foi a época de ouro do design automotivo e de avanços na mecânica (consolidação do motor V8). Na segunda metade dos anos 30 surge a consciência de que a forma exercia influência no grau de dificuldade com que um objeto se deslocava no espaço. Tudo isso trouxe novos conceitos aerodinâmicos aos carros. Surgia o conceito do “Streamline Design” (um ramo do movimento Art déco): a arquitetura aerodinâmica enfatizava formas curvas, longas linhas horizontais e valorizava a representação do movimento e da velocidade. Vem daí, também, o uso da forma de gota, plasmado nos “faróis gota d’água”, muito usado naquela época. A Ford, com o seu carro de 1937, apresentava um visual mais arredondado, com finas barras horizontais. A grade frontal era em forma de V, assim como o logotipo do carro que aparecia nas rodas, volante e até no tampão de gasolina, fazendo referência ao motor 8 cilindros em V. Estávamos entrando em uma nova era. Os carros já não tinham mais a estética de uma carruagem com motor, que caracterizou os anos 20.

 

FORD CABRIOLET SUPER DELUXE 1946

Após a vitória da 2ª Guerra Mundial, os fabricantes americanos fizeram pequenas mudanças nos modelos da versão 1942. O mercado respondeu muito bem ao “novo” carro, o qual foi mantido também com pequenas alterações até 1948. Na linha Ford, o modelo Cabriolet (quase um conversível) era o top de linha, custando US$ 1.488,00. Foram produzidas em 1946 16.359 unidades. Um carro igual a esse participou dos filmes De Volta Para o Futuro. Era o carro do vilão Biff Tannen. O carro foi mantido pela Universal depois que Back to the Future Part II  foi concluído e colocado em exibição em sua turnê, antes de ser vendido a um colecionador particular.

 

FORD COUPÊ SUPER DELUXE 1948

Em 1948, uma geração de automóveis chegou ao fim, não apenas para a Ford, mas também para outras fabricantes. O Super Deluxe foi lançado em 1941 e tornou-se um dos carros mais emblemáticos da Ford, incorporando a visão de três gerações da família Ford: Edsel Ford, Henry II e Henry Ford. Henry II começou a trabalhar no projeto do carro revolucionário que salvaria a Ford da falência em 1949. O Ford Coupê Super Deluxe de 1948 marcou o fim de uma era de carros que ainda mantinham a identidade dos anos 30 e que, devido à Segunda Guerra Mundial, não haviam passado por grandes mudanças de design.

 

  1. BUICK EIGHT 1950

A Buick atualmente é uma divisão da fabricante de automóveis norte-americana GM. Surgiu, como tantas outras, como uma fabricante independente de automóveis, Buick Motor Company, em 1903, criada por David Dunbar Buick. Sempre se caracterizou como uma marca de automóveis de luxo, estilo, conforto e elegância. Esse Buick Eight possui uma grade frontal que é uma verdadeira obra de arte. Possui o sistema Dynaflow, uma transmissão automática usada nos carros Buick de 1947 até 1963. Existe uma música sobre o carro: My Buick, My Love And I, bem como um livro, Buick 8, do mestre do suspense Stephen King.

 

RENAULT COLORALE PRAIRIE 1951

Carro de passeio e para todo o tipo de trabalho (também possuía versões furgão e picape), pode ser considerada precursora dos modernos SUVs. O nome – uma fusão das palavras “coloniale” e “rurale” está associado à intenção da Renault, que a projetou, para ser usada nas colônias francesas da África e Ásia. É equipada com o famoso “motor 85” flathead, à gasolina, de 48 HP a 2.800 RPM, com 2.383 cc e válvulas laterais, e com câmbio de quatro velocidades localizado na coluna de direção. Alta e espaçosa, serviu por muito tempo como táxi em Lisboa. Está na família do atual proprietário desde 1954, quando foi comprada pelo seu pai.

 

VW FUSCA 1200 1962

A indústria automobilística brasileira ainda estava engatinhando, mas o VW Fusca 1200 1962 já trazia algumas mudanças significativas como novo chassi, novas lentes, faróis e lanternas, além do famoso para-choque cabide. Entre as inovações mecânicas, trazidas em 1961, o câmbio definitivamente deixa de ser “caixa seca” e passa a ser 100% sincronizado. E foi a partir daí, no início da década de 1960, que o VW Fusca dominou as vendas no cenário nacional como o carro mais vendido no País, posição que permaneceu até a década de 1980. Genial e simples ao mesmo tempo, com o seu “friendly design”, é um dos carros mais amados no Brasil.

 

FORD F-100 1962

A Ford começou a fabricar a pick up F100 em 1957. Tinha motor V8 de 4,5 l e 167 HP, com transmissão manual de 3 marchas. O modelo de 1962 foi o primeiro com capô do motor cobrindo os guarda-lamas e grade dianteira com 4 faróis. Mais tarde a Ford lançou 2 modelos derivados da 62, a Passeio e a Rancheiro. Esta picape foi adquirida em março de 1963 e está com a família desde zero km. Foi usada nos trabalhos diários da fazenda, no interior, e também para o lazer da família em passeios e viagens.

WILLYS INTERLAGOS 1962

Willys Interlagos foi o primeiro automóvel esportivo produzido no Brasil. Apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 1961, era a versão brasileira do Renault Alpine A-108. Aqui foi batizado de Interlagos, nome sugerido pelo Jornalista Mauro Salles. Com lindas linhas fluidas, criadas pelo carroziere italiano, Giovanni Michelotti, era vendido no Brasil em três modelos: conversível, coupé ou berlineta. Possui carroceria em plástico e fibra de vidro, motor traseiro e suspensão independente. Os modelos ainda traziam as charmosas bolhas nos faróis, muito comuns nos anos 60. Fez sucesso nas pistas de corrida na Equipe Willys com Bird Clemente, Luiz Pereira Bueno e Wilson Fittipaldi conquistando, entre outras corridas, as 500 Milhas de Porto Alegre, 500 Quilômetros de Interlagos e 200 Milhas de Montevidéu. Esse modelo foi totalmente restaurado pelo irmão do atual proprietário que o possui há 46 anos.

SIMCA CHAMBORD 1963

SIMCA quer dizer Société Industrielle de Mécanique et Carrosserie Automobile, foi fundada em 1935 e sobreviveu até 1970, quando a Chrysler já detinha 99% da SIMCA. Em decorrência do GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) que foi criado a partir do plano de metas de Juscelino Kubitschek, a fábrica da SIMCA se instalou no Brasil em maio de 1958. Nascia a Simca do Brasil que oficialmente se chamava Sociedade Industrial de Motores, Caminhões e Automóveis. Em 1959, nascia o Simca Chambord brasileiro, derivado do Simca Vedette, francês. Os dois carros, o Vedette e o Chambord brasileiro, eram praticamente iguais, pois, tiveram as suas carrocerias desenhadas nos EUA. O nome Chambord vem de um enorme castelo na França. O carro trazia um visual que imitava os carros norte-americanos da época, com destaque para o famoso “rabo-de-peixe”, que lhe rendeu apelido de “Cadillac brasileiro”. Em pouco tempo o modelo se tornaria popular e desejado por muitos. O carro tinha muito apelo e trazia muitas novidades ainda incomuns na época: acendedor de cigarros, faróis de neblina, esguichador de água no para-brisa, trava antifurto, iluminação no motor, porta-luvas e porta-malas. Espaçoso, ele podia acomodar seis pessoas, uma vez que o banco dianteiro era inteiriço. Em 1962 era lançada a Série 3 Andorinhas com melhoras no acabamento. Esse modelo da exposição é um 1963 3 Andorinhas. É um carro icônico e importante, pois chegou em um momento em que a indústria nacional estava dando os primeiros passos. Foi o primeiro modelo de luxo disponível por aqui e, apesar da curta trajetória, deixou muitos fãs. O carro dessa exposição já foi colocado dentro do Auditório Araújo Vianna em um show da banda Camisa de Vênus que tem uma música também chamada Simca Chambord, de 1986. Também aparecia na série dos anos 60 O Vigilante Rodoviário, exibida na TV Tupi.

 

DKW-VEMAG FISSORE 1965

O DKW-Vemag Fissore foi um automóvel brasileiro produzido pela Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A., sob licença da alemã DKW) entre 1964 e 1967, utilizando chassis e mecânica DKW e carroceria idealizada pela Carrocerias Fissore, da Itália. Representou uma tentativa da Vemag de entrar no mercado dos automóveis mais sofisticados. Foram produzidas 2.638 unidades. Em seu lançamento, em junho de 1964, era considerado pela imprensa especializada como um automóvel enxuto, prático, de linhas sóbrias e elegantes e que oferecia um ampla visibilidade ao motorista e seu passageiro. O Fissore custava na época de seu lançamento Cr$ 6.950.000, cerca de 25% mais caro que um DKW Belcar.

 

DKW-VEMAG BELCAR 1967

O Belcar é um automóvel que foi produzido no Brasil pela Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A.), sob licença da fábrica alemã DKW, entre 1958 e 1967. Foram produzidas 51.072 unidades. Era derivado do sedã DKW F94, e, em seu tempo, foi saudado por oferecer boa estabilidade, conforto interno e espaço para até seis passageiros, além de uma mecânica bastante robusta e apropriada às precárias estradas brasileiras. Inicialmente era conhecido simplesmente como “Grande DKW-Vemag”, recebendo a denominação de Belcar, de “beautiful car”, apenas em 1961. Foi lançado em 1958, juntamente com a reestilização da “perua DKW-Vemag”, alcançando ambos, pouco mais de 50% de nacionalização, na esteira das atividades do GEIA, o Grupo Executivo da Indústria Automobilística que estava dentro do plano de metas de Juscelino Kubitschek para auxiliar na entrada de diversas fábricas do setor automobilístico no Brasil. Quando sua produção foi encerrada, tinha praticamente todos os seus componentes nacionalizados.

FIAT 850 SPIDER 1968

Os anos sessenta deixaram traços indeléveis, trazendo uma onda de imaginação e inovação na moda, música e hábitos dos italianos. O fervor daquela época foi percebido pelos fabricantes de automóveis que, naqueles anos, ao lado de construtores e designers italianos de carrocerias, comercializavam modelos inovadores e particularmente atraentes. Um dos carros que se destacaram naquela década foi certamente o simpático Fiat “850 Spider”, criado em colaboração com a “Carrozzeria Bertone”. Spider indica um carro conversível de 2 lugares com caráter esportivo. Foi produzido pela FIAT entre 1964 e 1973. Foi o designer Giorgetto Giugiaro que criou as linhas limpas e simples do Fiat 850 Spider. Em 18 de dezembro de 1999 foi selecionado pelo “Car Designer of the Century” e introduzido no Automotive Hall of Fame em 2002.

 

VOLKSWAGEN KARMANN GHIA 1969

Nasceu da união do fabricante de carrocerias alemão Wilhelm Karmann com o italiano Luigi Segre, designer do estúdio Ghia. Um dos primeiros automóveis esportivos brasileiros, unia a confiança e robustez da Volkswagen e o belo design Italiano. Foi fabricado entre 1962 e 1972, na planta da montadora em São Bernardo do Campo, em São Paulo. De lá saíram 23 mil unidades produzidas – dessas, curiosamente, apenas 177 conversíveis. O aspecto esportivo era realçado por suas proporções e pelo perfil aerodinâmico baixo, mas esbelto (tinha 1,33 metros de altura e 4,14 metros de comprimento, com peso de 820 quilos). Este exemplar de 1969 vinha equipado com motor 1500 VW (potência máxima de 52cv). O Karmann Ghia se tornou um exemplar clássico e atemporal, admirado mundialmente.

CITROEN 2CV, 1970

Ddeux chevaux – dois cavalos, em francês, nesse caso, não expressa a potência real do motor – é um automóvel de baixo custo da montadora Citroën, um ícone. Produzido entre 1948 e 1990, foi um dos modelos mais populares da marca, alcançando a incrível marca de 5 114 969 unidades produzidas. O modelo era utilizado pelo pai da personagem de histórias em quadrinhos argentina Mafalda (do genial cartunista Quino) como carro familiar comprado a duras prestações. Motor de 2 cilindros com 602 cc3 e potência de 18HP.

 

FORD CORCEL GT XP 1972

O Corcel foi um automóvel médio produzido pela Ford no Brasil, de 1968 a 1986. O projeto estava sendo desenvolvido pela Willys Overland em parceria com a Renault e se chama de projeto “M”. Com a compra da Willys pela Ford, esta resolveu lançar no Brasil o carro com o nome de Corcel. Foi eleito pela revista Autoesporte o Carro do Ano em 1969, 1973 e 1979. O GT XP foi produzido apenas em 1972. Era um GT com mais potência do que os demais.

PUMA GTS 1975

O puma foi o esportivo nacional mais famoso de todos os tempos. Exportado para vários países da Europa, fez sucesso aqui no Brasil alimentando o sonho de “jovens de todas as idades”. As linhas desse carro seguiam as tendências ditadas pelos principais estúdios de design italiano da época, tanto que hoje, as suas linhas continuam atemporais. O modelo GTS vem de Gran Turismo Spider. Um ícone brasileiro.

FORD BELINA 1974

O Ford Belina foi lançado em 1970 como um StationWagon compacto, equipado com o motor Sierra 1.3. Em 1972 já como modelo 1973, ganha novo upgrade, o novo motor Cléon Fonte 1.4 e é reposicionado no mercado como SW médio. Este exemplar está com o mesmo proprietário desde zero KM. Foi utilizado inicialmente como carro de passeio vindo a virar depois como de coleção. Está todo original e com quase 200 mil km. Fabricada em setembro de 1973 modelo 1974, completando neste ano, 50 anos.

Confira os modelos de motos e motonetas

NORTON ES2 1952

A Norton ES2 é uma motocicleta inglesa produzida de 1927 a 1964. Com 500 cm3 monocilíndrica, conhecida pelo filme “Diários de Motocicleta” como “La Poderosa”. Esta unidade foi adquirida pelo extinto museu da Ulbra e hoje pertence ao acervo de associados do clube Veteran Car Club Porto Alegre.

LAMBRETTA LD 1958

A Lambretta, assim como a Vespa, também é fruto da necessidade de outra grande corporação italiana, a Innocenti, de encontrar um produto que suprisse as necessidades de locomoção da população, que fosse barato e econômico. Era a tônica da Europa no pós-guerra. A essência dessa indústria era o ramo siderúrgico, produzindo aços em forma de tubos. Provavelmente isso tenha influenciado no projeto da Lambretta tendo em vista seu chassi moldado a partir de tubos metálicos. O nome Lambretta é uma corruptela de Lambrate, a região onde a empresa possuía suas principais operações, em Milão. A Lambretta LD é o segundo modelo produzido, sendo precedida pelo modelo D, chamado de Standard. Como a Vespa, também foi um grande sucesso de vendas em todo o mundo.

YAMAHA XS 650 1971.

O projeto do motor da Yamaha XS 650 era bem avançado para sua época, foi a primeira motocicleta grande e com motor quatro tempos feita pela Yamaha e, apesar do conjunto mecânico, bastante robusto, muitos dos componentes utilizados no início eram provenientes de modelos anteriores, o quadro tubular era um deles. Apresentada pela primeira vez no Salão de Tóquio de 1969, sua saga começou mais de uma década antes, quando um pequeno fabricante japonês chamado Hosk copiou o motor bicilíndrico de quatro tempos da já renomada motocicleta alemã Horex, de 500 cilindradas, e o aperfeiçoou, aumentando para 650 cilindradas.

 

YAMAHA RD350LC 1988

Refrigerada à água, foi a substituta da famosa RD350 da década de 1970, apelidada de “Viúva Negra”, por causar frequentes acidentes fatais. A família RD descende das motos de competição da Yamaha, campeãs mundiais nos anos 60 e 70. RD = “Race Developed” (Desenvolvida para corrida). Foi produzida na Zona Franca de Manaus entre 1986 e 1993 e exportada para vários países. A RD350LC inovou com quadro deltabox, que combina excelente resistência e leveza. Outras inovações do modelo foram suspensão dianteira com amortecimento variável e traseira tipo monochoque. Marca registrada da Yamaha, a válvula YPVS controlada por microprocessador, proporciona torque em baixas rotações e grande potência quando é acionada, acima dos 6 mil RPM, ocasionalmente empinando a roda dianteira sem intenção. Uma das primeiras motos a vir equipada com pneus sem câmara. Contando com potência de 63HP a 9 mil RPM e apenas 140kg, acelera de 0 a 100km/h em 5 segundos, atingindo a velocidade máxima perto dos 200km/h. Apesar de contar com dois discos de freio na dianteira e um na traseira é uma motocicleta difícil de ser controlada em virtude do motor agressivo, pouco peso e pneus estreitos. Pilotos ousados, na época, enfrentavam, com sucesso, outras motos de maior cilindrada.

 

*Fotos: Eduardo Scaravaglione, Aloisio Rocha, Rodrigo Ruiz e Felipe Fernandez

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